sábado, 14 de julho de 2012

MENSAGEM BÍBLICA: O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO - POR QUE INSISTIMOS NA PEQUENA FÉ? - PARTE 1


“... Ficaram entre si atônitos, porque não haviam compreendido o milagre dos pães...” (Marcos 6.52).

Nesta passagem bíblica vemos que os discípulos de Jesus ficaram atônitos, isto é, grandemente pasmados, espantados, assombrados de admiração, maravilhados, por não compreenderem o milagre da multiplicação dos pães e peixes.

Seria até natural que eles ficassem assim, pois, foi algo extraordinário. No entanto, nesse momento a Bíblia faz uma crítica do estado emocional deles, porque eles não ficaram assim depois de terem visto o milagre da multiplicação, mas depois de terem presenciado Jesus andar sobre as águas (confere: Marcos 6.30-52).

Qual seria a explicação para isso? A Bíblia revela: pequena fé! 

Pequena fé é o mesmo que fé duvidosa, isto é, uma fé fraca. Pequena fé é duvidar da capacidade e do poder de Cristo, por isso, pequena fé era algo que Ele jamais admitia.

Por muitas vezes os discípulos eram repreendidos por Jesus por causa disso (confere: Mateus 8.26; 16.5-11; 17.14-20), mas mesmo assim, teimavam em insistir numa fé pequenina.

Mas, por que os discípulos de Jesus naquele momento ainda permaneciam com a fé muito pequena? Por que muitos cristãos da atualidade permanecem na pequena fé?

Encontramos a resposta justamente nos dois episódios do milagre da multiplicação.

Primeiramente, é interessante observamos que segundo João 20.30,31; 21.25, é possível que Jesus tenha realizado outros milagres da multiplicação, além dos dois episódios narrados, no entanto, como o primeiro episódio já tinha sido narrado não haveria necessidade de ser narrado o segundo, pois, a primeira narrativa já seria suficiente para que creiamos que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.

Tanto é que o próprio Evangelho de João só relatou a primeira multiplicação. Da mesma maneira o Evangelho de Lucas. Somente os Evangelhos de Mateus e de Marcos que registraram tanto a primeira como a segunda multiplicação dos pães e peixes.

Então, por que Mateus e Marcos registraram o episódio da segunda multiplicação, visto que não havia necessidade disso? A resposta é o seguinte: Há no episódio da segunda multiplicação um importante ensinamento para nosso comportamento cristão.

Observa-se que tanto o episódio da primeira como da segunda multiplicação foi exatamente o mesmo cenário. Contudo, um pequeno detalhe fará a diferença.

No primeiro episódio (Mateus 14.13-21/ Marcos 6.30-52/ Lucas 9.10-17/ João 6.1-14), vendo Jesus a grande multidão compadeceu-Se deles. Acolhendo-os, passou a ensinar muitas coisas, falando a respeito do Reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura.

Ao declinar da tarde, os Seus discípulos se aproximaram dEle e disseram: “O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que indo pelas aldeias, comprem para si o que comer” (Mt 14.15).

Jesus lhes respondeu: “Não precisam retirar-se; dai-lhes, vos mesmo, de comer” (Mt 14.16).

Os discípulos queriam que Jesus despedisse a multidão; eles queriam se livrar do “problema”. Jesus, por Sua vez, disse que eram eles que deveriam dar um jeito naquilo.

Jesus sabia que os discípulos não teriam nenhuma condição pra alimentar cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças. Então, por que jogou a responsabilidade nas mãos deles?

Na verdade, Jesus estava apenas experimentando-os (confere: João 6.5,6). A intenção de Jesus foi de aprimorá-los e fortalecê-los na fé.

Ao reconhecerem que não havia condição de resolver aquele problema, os discípulos depositaram a confiança em Jesus e Este resolveu o problema, realizando o milagre da multiplicação.

Se os discípulos fugissem do problema, isto é, despedir a multidão, eles não iriam aprender nada com isso e assim não teriam nenhuma experiência que fosse capaz de aprimorá-los e fortalecê-los na fé.

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