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Em sua primeira
Epístola, o apóstolo João declara que aquele que nasceu de Deus ama, porque
Deus é Amor.
“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de
Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não
ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 João 4.7,8).
Se alguém declara
amar a Deus, mas aborrece ao próximo é um mentiroso.
“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é
mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a
Deus, a quem não vê. Ora, temos da parte dele, este mandamento: que aquele que
ama a Deus ame também a seu irmão” (1 João 4.20,21).
E por que isso? Porque
quando o homem experimenta o novo nascimento, ele experimenta o amor de Deus
para com ele e, mediante a essa experiência ele passa a olhar a si mesmo como
Deus o vê e passa a valorizar a si próprio assim como Deus o valoriza.
Com isso, ele passa
a amar a si mesmo com o amor que Deus tem lhe amado.
O “amor a si mesmo”
reflete o amor de Deus por nós. O amor de Deus nos contagia de tal maneira que
passamos a enxergar quão preciosos somos para Ele.
Conseqüentemente,
passamos a enxergar também o valor que o próximo tem para Deus. Pois, se
reconhecemos a importância que somos para Deus, igualmente reconheceremos a
importância do próximo da mesma forma.
Por esse motivo que
o segundo grande mandamento não é amar a si mesmo, mas amar ao próximo como a
si mesmo.
Quando
experimentamos o novo nascimento, nosso coração é regenerado por Deus e
inspirado pelo amor de Cristo. As barreiras são quebradas e somos livres para
amarmos uns aos outros.
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade,
tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos
outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de
semente incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pedro 1.22,23).
Logo, o amor que
dedicamos a nós mesmo revela o nosso amor ao próximo, o qual, evidência o nosso
amor a Deus.
Por isso fica
evidente que aquele que não ama ao próximo nunca teve a experiência do novo
nascimento.
“Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora,
está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há
nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda
nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1 João 2.9-11).
“Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo:
todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, nem aquele que não
ama a seu irmão... Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque
amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte... Nisto conhecemos o
amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos...
Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” (1 João 3.10,14,16,18).
O amor do crente por
seu irmão em Cristo, por seu próximo e por seu inimigo, deve ser subordinado,
controlado e dirigido pelo seu amor e devoção a Deus.
Desse modo, para que
possamos amar a nós mesmos e ao próximo com o amor de Deus devemos, antes de
tudo, amá-lO de todo o nosso coração, pois, se não amarmos a Deus não
conseguiremos alcançar um amor puro e verdadeiro, justo, desprendido de
materialismo, não egoísta, não invejoso, não querendo nada em troca (1 Coríntios 13.4-7).
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