“Orai
por nós, pois estamos persuadidos de termos boa consciência, desejando em todas
as coisas viver condignamente” (Hebreus 13.18). O verdadeiro cristão deve andar
com consciência limpa diante de Deus.
A consciência não é um órgão
físico que se pode ver, operar ou transplantar, mas mesmo assim ela existe e
está presente na vida de cada um de nós.
De onde vem a consciência? Qual é
sua finalidade?
A consciência é uma instância, um
poder implantado em nós que avalia moralmente os nossos atos, nossos
pensamentos, nossos planos e opiniões.
É o sentido moral entre o correto e o incorreto,
presente em maior ou menor grau, em todos os seres humanos.
“Estes mostram
a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência
e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se” (Romanos 2.15).
É a capacidade de julgar moralmente os próprios atos.
“É
necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da
punição, mas também por dever de consciência” (Romanos 13.5).
“Porque
de nada me argúi a consciência; contudo, nem por isso me dou por justificado,
pois quem me julga é o Senhor” (1 Coríntios 4.4).
O consciente é aquele que sabe o que faz ou o que deve
fazer: “pelo contrário, rejeitamos as
coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem
adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo
homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Coríntios 4.2).
A consciência atua como o “acusador”
divino, pois ela nos acusa quando fazemos algo errado.
“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência,
foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos,
ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava” (João 8.9).
Todas as pessoas que acusavam a
mulher adúltera perceberam que também eram culpadas, pois, suas consciências
pesaram.
Deus colocou a consciência em nós
fazendo-a funcionar como acusador e como canal através do qual Ele fala
conosco.
Ela expõe nossa culpa diante de
Deus e nos leva ao arrependimento e ao perdão. Quem cede à sua consciência
acusadora e se refugia junto a Jesus receberá o perdão!
Mas a consciência pode ser
manipulada e, em casos extremos, usada pelo próprio diabo. Por isso é
vitalmente importante sabermos a quem nossa consciência está sujeita e a quem
ela é submissa.
Muitas vezes somos dialéticos.
Estamos conscientes de que fizemos algo errado, pois uma voz em nosso interior
nos diz isso de maneira clara e inequívoca. Mas imediatamente outra voz se faz
ouvir, a voz da dialética, o advogado do mal. Sabemos o que ele mais gosta de
nos dizer: “Não importa. Não leve as
coisas tão a sério. Todo mundo faz isso.
Ninguém viu nada. Não consegui agir de outra maneira. Foi só uma vez”.
É dessa maneira ou com argumentos
semelhantes que essa voz se faz ouvir. Ela tenta minimizar aquilo que realmente
aconteceu, tenta torcer a verdade e mostrar que o erro não foi tão grande
assim. Essa voz satânica contradiz a voz da consciência que tenta se
manifestar.
Aqueles que seguem a mentira têm a consciência
cauterizada e corrompida.
Esta é uma característica típica dos tempos finais e um sinal de
apostasia:
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns
apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,
pela hipocrisia dos que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência”
(1 Timóteo 4.1-2).
“Todas
as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada
é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tito 1. 15).
Nossa consciência deve ser dominada
unicamente por Jesus Cristo: “muito mais o sangue de Cristo,
que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará
a nossa consciência de obras mortas, para servimos ao Deus vivo!” (Hebreus 9.14); “... a
indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de
Jesus Cristo” (1 Pedro 3.21).
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto
é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos,
com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má
consciência e lavado o corpo com água pura” (Hebreus 10.19-22).
Toda consciência necessita ser iluminada por Deus,
pois, o contrário pode fazer naufragar a fé.
“Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as
profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom
combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa
consciência, vieram a naufragar na fé” (1 Timóteo 1.18,19).
Muitos negam-se a ouvir a voz da
consciência porque ela incomoda, pois ela fica advertindo e alertando
constantemente. Mas um dia a pessoa se vê confrontada com o resultado dessa
atitude e percebe que tudo está perdido, que naufragou na fé por ter deixado de
ouvir sua própria consciência.
A consciência precisa ensinada, precisa
aprender a orientar-se pelas Escrituras, precisa ser dirigida pelo Espírito
Santo.
Nossa consciência deve ter por
base o padrão de Jesus Cristo. Se ela não O tiver como parâmetro, será
constantemente influenciada pelo mal, relativizando tudo, seguindo o lema: “Mas não foi tão grave assim. Quem leva as
coisas tão a sério?”
Os apóstolos se empenhavam em
manter uma boa consciência: “antes,
santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados
para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que,
naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o
vosso bom procedimento em Cristo” (1 Pedro 3.16).
“... Varões, irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa
consciência até ao dia de hoje” (Atos 23.1).
“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de
que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça
divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco” (2 Coríntios
1.12).
“Ora, o intuito
da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de
consciência boa, de fé sem hipocrisia” (1 Timóteo 1.5); “conservando o mistério da fé com a consciência limpa” (1 Timóteo
3.9).
Assim como um relógio deve ser acertado
de tempos em tempos, nossa consciência precisa ajustar-se à Bíblia, para que
possamos declarar:
“Digo a verdade
em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria
consciência” (Romanos 9.1).
Acontece de um novo crente ter uma consciência fraca por
ser ainda novo na fé e, por isso necessita de um certo cuidado especial: “Acolhei ao que é débil na fé...” (Rm
14.1); “...e a consciência destes, por
ser fraca...” (1 Co 8.7/ confere 1 Coríntios 8; 10.24-33).
Todo cristão deve andar com a consciência limpa e boa
diante de Deus e dos homens
“Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de
Deus e dos homens” (Atos 24.16).
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