segunda-feira, 23 de julho de 2012

MENSAGEM BÍBLICA: ACERCA DO JUÍZO TEMERÁRIO - PARTE 2

...

Em Tiago 4.11,12, nos mostra que o único que pode julgar é Deus: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?”

Tiago mostra que, nós como cristãos não podemos falar mal dos outros (confere: Efésios 4.29/ Tiago 3/ 1 Pedro 3.10) e se falarmos mal ou julgarmos ao próximo, estaremos contra a Palavra de Deus. 

“Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão” (Romanos 14.13).  
  
Não que tenhamos que nos conformar ou concordar com o erro, de maneira alguma. Tem que haver a correção, a exortação (confere: 1 Coríntios 14.3/ 1 Tessalonicenses 2.12)

Exortar é não concordar com erro, porém, sem julgamento condenatório. Não podemos julgar, mas podemos exortar uns aos outros (confere: 1 Tessalonicenses 5.11/ Hebreus 3.12,13; 10.24,25)

Não podemos julgar, mas devemos reprovar o erro (confere: Romanos 13.11-14/ Efésios 5.11-17). Podemos combater o pecado, mas respeitando cada ser humano. 

Exortar não é a mesma coisa que julgar. Exortação é uma coisa totalmente diferente de julgar. Julgar é menosprezar, é condenar, é ter aversão ao que comete erros. Exortar é alertar, é corrigir a quem se ama, é querer ver o bem do outro. 

A exortação faz com que a pessoa evite cometer erros. O que exorta não tem sentimento avesso aquele que tenha cometido o erro, muito pelo contrário, quem exorta é porque ama. 

Em Colossenses 3.16, o apóstolo Paulo diz que devemos instruir e aconselhar uns aos outros com sabedoria. Devemos exortar uns aos outros com amor, mansidão, misericórdia, compaixão, e com sabedoria. 

Quem julga não ama, não corrige. Quando uma pessoa julga a outra, faz com sentimento avesso, condenatório. Foi o que fizeram aqueles escribas e fariseus.

Cristo ensina para que não julgarmos segundo a aparência, como o homem costuma fazer, mas julgar segundo a reta justiça (João 7.24)

Em João 7.20-27, João fala que Cristo foi mal julgado por ter curado um homem no sábado. A Palavra diz que Deus não julga segundo a aparência. “Porém o Senhor disse a Samuel: Não atendes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1 Samuel 16.7)

O Senhor não julga na forma que os homens julgam. Ele não aceita a aparência do homem. “E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram” (Gálatas 2.6)

“Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana” (Gálatas 6.3)

Em João 18.9-14, Jesus conta uma parábola acerca do fariseu e o publicano. Nessa parábola Ele faz referência àqueles que se achavam justo e menosprezavam aqueles que consideravam de baixo nível (Lucas 18.9,11).

A menção dEle nessa parábola ao fariseu e ao publicano era pela seguinte questão: O fariseu referencia àqueles que mais fielmente cumpriam os seus deveres religiosos. Já os publicanos ou cobradores de impostos, eram considerados pelos demais como “pecadores”. 

O fariseu nessa parábola julgava aos seus semelhantes e ainda se achava o tal diante de Deus (Lucas 18.11,12). Mas Jesus diz que Deus atendeu a oração do publicano e rejeitou a oração do fariseu. Por quê? Porque Deus não atende para a aparência. 

O fariseu só tinha aparência, e só fato dele julgar os seus semelhantes já era o motivo de Deus não concordar com a sua atitude. Já no caso do publicano, sua oração foi ouvida porque ele se humilhou diante de Deus reconhecendo os seus pecados e assim foi perdoado e justificado (confere: Lucas 7.29,30)

“E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele” (Mateus 21.28-32)

Precisamos, como fiéis seguidores de Cristo, ter o mesmo sentimento que há nEle, não julgando segundo a aparência, mas valorizar cada pessoa, cada ser humano indistintamente (confere: Tiago 2.1-13)

Em 1 Coríntios 13.5, fala que o amor não suspeita mal, ou seja, quem suspeita mal de alguém acaba o julgando e assim deixar de exercer o amor verdadeiro.

Não importa o estado espiritual de cada ser humano, mas o amor de Deus. Aos olhos humanos aquela mulher era desprezível por causa de seus atos pecaminosos, mas aos olhos de Cristo, ela tinha um valor grandioso. Assim, não devemos julgar ao próximo, mas amar indistintamente aos nossos semelhantes.


:: Por Anderson Quadros, mensagens bíblicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário